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A minha primeira visão da terra
foi feita através da água. Pertenço à raça de homens e mulheres que olham todas
as coisas através desta cortina de mar. (…)

Oscilo e flutuo nas pontas sem
ossos dos meus pés atenta aos sons distantes, sons para além do alcance dos
ouvidos humanos, vejo coisas que são além do alcance dos olhos. Nasço cheia de
memórias da Atlântida. Sempre à espera de sons perdidos e à procura de perdidas
cores, permanecendo para sempre no limiar como alguém perturbado por
recordações, corto o ar a passos largos com largos golpes de barbatanas e nado
através de quartos sem paredes. (…)

                                                                                           Anais Nin – A casa do incesto

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