Arquivos Mensais: Fevereiro 2008

Acto de contricção

Ah como somos comedidos! Acomodamo-nos, vãos, nos limites do concebido. Somos bem educados, cultos e ruge tanta fome nos apetites fora do concedido. Ah como somos sob medida! sub metidos, hirtos, bem vestidos robôs impecáveis, ilusão de vida. Ah, somos … Continuar a ler

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Na (ante) véspera..

Um dia me tomaste pela mão.. nossas veias se abriram e se uniram, numa acção de pouco tempo, alguns segundos – e de forma incontrolável transfundiu-se um grande amor… e o esplendor da poesia adubou um eterno jardim em nós! … Continuar a ler

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Exegese

  Há pessoas– e ah, como são desprezíveis! –de quem escondemos a faceviramos a esquinadeletamos da tela.Há pessoasque vivem nas arestasnas frestasnas pedrasnos rochedos escarpados.Há pessoas– e ah, como são solitárias –que criam novos mundossistemassignificânciasporque não os há em seu … Continuar a ler

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ordem

Se calhar a sabedoria é apenas não perguntar nada. Não sou sábio, nunca o fui. O meu elemento não é o Quartzo, é o mercúrio.Matéria instável, móvel, febricitante. A prata destinada a mover-se sempre. E sempre na desordem. Susana Tamaro … Continuar a ler

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Rubaiyat

Esquece que ontem devias ser recompensado e não foste.Sê feliz. Não lamentes nada. Não te prendas a nada.O que deve acontecer-te está escrito no livroque o vento da eternidade folheia ao acaso.                                                        Omar Kayyan

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Tu e eu

Somos diferentes, tu e eu. Tens forma e graça e a sabedoria de só saber crescer até dar pé. Eu não sei onde quero chegar e só sirvo para uma coisa – que não sei qual é! És de outra … Continuar a ler

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Hoje e sempre

Hoje É o perpetuo refluxo do tempo e da vida hoje e sempre Hoje trago a alma sedenta os olhos famintos hoje e sempre Hoje é o tempo de refazer e recusar o que está feito e nos desfaz hoje … Continuar a ler

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Exercícios de Luz

Na vespertina luz tacteio o corpo branco riscando a cada lance o sentido prefigurado para o que emerge e não nomino, antes sinto-o como um ardor ou uma ânsia que não aflora às palavras. Percorro-me, como a vibração na corda … Continuar a ler

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