Grito mudo (demo)

A nostalgia, sob o sol do deserto, não existe –

A sobrevivência sobrepõe-se à poesia ocasional dos momentos.

Inventa-se o amor, como a política,

Porque viver é fácil todos os dias

Na letargia dos nossos lamentos.

E ao descobrir isto…

O grito que se solta

Não alivia a angústia,

Não acalma a raiva que comprime os dedos,

Não retira às sombras os nossos medos

e não muda nada do que tem de mudar.

Uma esplanada democrática não tem nada de liberdade,

O conforto das sombras controladas pelos chapéus,

Os velhos que reafirmam que os tempos mudaram para pior

E que nos julgam com o seu olhar inquisidor.

E ao descobrir isto…

O grito que se solta

Não alivia a angústia,

Não acalma a raiva que comprime os dedos,

Não retira às sombras os nossos medos

e não muda nada do que tem de mudar.

Todas as noites nos forçamos a descansar,

Quando o resultado do dia nada tem para nos dar.

Fechamos os olhos a querer esquecer

A grande revolução que se impõe fazer.

E ao descobrir isto…

O GRITO QUE SE SOLTA

NÃO ALIVIA A ANGÚSTIA,

NÃO ACALMA A RAIVA QUE COMPRIME OS DEDOS,

NÃO RETIRA ÀS SOMBRAS OS NOSSOS MEDOS

E NÃO MUDA NADA DO QUE TEM DE MUDAR.

Alex Valinho Gigas em LES RÊV(E)OLUTION

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